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Saiba por que é importante analisar e monitorar o lodo biológico do seu processo, e como isso pode trazer uma redução de custos astronômica para sua planta.
Como está o desempenho da sua estação de tratamento? Análise microscópica do lodo integra o seu plano de monitoramento? Já possui um microscópio na sua ETE? Se ainda não, veja porque esse equipamento é indispensável!
Uma das modalidades de tratamento largamente adotada é o processo de lodos ativados, constituído de duas unidades (tanque de aeração e decantador secundário), onde no primeiro ocorre a decomposição aeróbia do substrato orgânico e a formação dos flocos biológicos para posterior sedimentação no decantador secundário.
A elevada concentração de biomassa no tanque de aeração é mantida através da recirculação dos sólidos sedimentados no decantador, possibilitando a permanência da biomassa no sistema bem como a garantia de elevada eficiência na remoção da matéria orgânica.
A parcela dos sólidos sedimentados e não recirculado é removida do processo como lodo excedente.
Embora essa modalidade de tratamento seja de elevada eficiência, via de regra acima de 95% em remoção de DBO, é comum nos depararmos com instabilidade ou alguma disfunção operacional, posto isso, conhecer a biomassa do seu sistema e suas propriedades é ponto crucial na adoção de medidas corretivas, como também monitorar o desenvolvimento e crescimento de bactérias e outros organismos que desempenham papel positivo (nitrificadores) ou não tão positivos (filamentosas), quando em excesso.
Sabemos que o processo de lodos ativados possui uma comunidade microbiana complexa composta principalmente por bactérias, que desempenham papel central no processo de depuração, também é composto por protozoários e metazoários (rotíferos, nematóides e outros).
A observação microscópica de formas de vida presentes no lodo pode ser relacionada a eficiência do desempenho da sua estação de tratamento, processo e a qualidade do efluente final.
Existem quatro grandes grupos de microorganismos encontrados no processo de lodos ativados:
1. Bactérias
Principais responsáveis pela estabilização da matéria orgânica.
2. Protozoários
Os protozoários desempenham um papel crítico no processo de tratamento removendo e digerindo bactérias dispersas e partículas em suspensão, contribuindo de forma expressiva na diminuição da turbidez do efluente tratado.
Os protozoários podem ser divididos em grupos de acordo com o tipo de organela utilizada para locomoção e captura de alimentos, a predominância de determinado tipo de protozoário também nos indica qual a performance do tratamento, veja:
- Amebas (rizópodes) – início de processo e nitrificação
- Flagelados – energia elevada
- Ciliados – clarificação do efluente removendo partículas em suspensão
- Ciliados livre natantes – redução da turbidez
- Ciliados predadores de flocos – processo caminha para o equilíbrio
- Ciliados fixos ou pedunculados – bom desempenho, nível de equilíbrio
3. Metazoários
São organismos multicelulares, maiores que a maioria dos protozoários, são representados no processo de lodos ativados pelos anelídeos, rotíferos, nematóides e tardígrados, geralmente dominantes em condições de elevada idade do lodo, veja o papel de cada um no sistema:
- Rotíferos – estado tendente à superoxidação
- Nematóides – alimentam-se de bactérias, fungos, pequenos protozoários e outros nematóides, indica superoxidação do lodo
- Tardígrados (urso d’água) – tem papel pouco conhecido, no entanto sabemos que alimentam-se de algas e protozoários e surgem em condições excelentes de depuração DBO final menor que 10 mg/L.
Conheça esses microorganismos:
4. Algas e fungos
Fungos estão presentes em condições de baixo pH (em torno de 5), deficiência de nutrientes, presença de grande quantidade de carboidratos e lodo velho.
Não podemos deixar de falar sobre as “temidas” bactérias filamentosas, sua presença, via de regra, ocasiona baixa sedimentabilidade do lodo, espuma no tanque de aeração e turbidez no efluente final (arraste de sólidos).
As bactérias filamentosas estão presentes quando as condições operacionais mudam drasticamente, mudanças na temperatura, OD, pH, idade do lodo ou mesmo a quantidade de nutrientes disponível dentre outras inúmeras condições.
Mas devemos ressaltar que os microorganismos filamentosos estão presentes fazendo parte da população típica do sistema e são muito bem vindos quando seu crescimento é controlado.
Do contrário, você inevitavelmente terá que lidar com o “bulking”.
A identificação dos microorganismos e filamentos presentes não é um procedimento complexo, usamos alguns critérios morfológicos como forma da célula, dimensão, técnicas de coloração de Gram ou Neisser e pode ser implantado facilmente como parâmetro de monitoramento na ETE.
Se você já dispõe de um bom microscópio, não vai gastar mais que 15 minutos e R$ 0,25 centavos (que representa o custo da lâmina e lamínula para observação) e com isso pode obter uma visão global das condições e desempenho do seu processo de forma ágil, segura e extremamente econômica, e mais, podendo realizar as adequações necessárias rapidamente afim de direcionar ou manter o alto desempenho do sistema.
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Muy buenos tips Flavia.. como puedo contactarte..
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